segunda-feira, 18 de junho de 2012

Anos 80, argh!

Gente, desculpem, mas como eu vivi e usei a moda desta época (era adolescente e curtia todas as novidades..ai..ai..se vcs me vissem nas fotos, mas não mostro nem por decreto!), e não as releituras que os estilistas andam fazendo agora, posso falar de cadeira: a década de 80 foi a pior de todas em termos de moda, e não consigo me lembrar de exceções honrosas..
Mas Alexandre Herchcovitch, a quem respeito e admiro demais, não pensa como eu e criou sua coleção verão 2013 inspirado pelo Boy George, um dos ícones musicais da época, e tb adepto dos excessos no visual:
Ombreiras gigantes, cores vibrantes, calça baggy xadrez e muito make nos anos 80..
E, mais recentemente, mantendo sua imagem camaleônica..
Eu adoro o Boy George, era super fã do Culture Club, mas vamos combinar: usar as roupas que o caracterizaram no auge do sucesso, nem mortinha! Alexandre viajou em seu universo particular homenageando o artista (a trilha era ótima), mas esqueceu de deixar as mulheres bonitas, e olha que é dificil deixar feia qualquer uma dessas tops que desfilaram pra ele, mas aconteceu. O efeito de permanente nos cabelos (argh, eu fiz uma nos anos 80) só ficou bom em quem era naturalmente crespa, as demais ficaram péssimas.
 (Sorry, Kamura!)
Aline Webber (a loira) parecia um poodle
Boa sugestão para festa junina


Tanto os looks com modelagens largonas, quadradas, as estampas de tabuleiro de xadrez quanto a beleza (cabelo e make) do desfile deixaram a platéia feminina meio estarrecida, e, pra piorar, as modelos mal conseguiam andar com os calçados da Via Uno, altos demais ou grandes nos pés, um suplicio pra elas e pra quem assistia.Os acessórios tb não ajudaram: os chapéus vieram diretamente de Londres (o Alê foi buscá-los pessoalmente) mas deixaram todas com um cabeção esquisito, as carteiras/clutches acompanhando o xadrez das roupas ficaram "over tudo", o que, obviamente, era o objetivo, né?
Este resumo de fotos eu tirei do site FFW, da editora Camila Yahn
Os calçados, aliás, não se repetiam nas cores, e a maioria era em tons pastéis. Pra quem já não aguenta mais o color block, talvez seja uma opção, mas minha bolinha de cristal prevê um futuro curto pra essa cartela aguadinha, ao menos no Brasil. As brasileiras amam cores, e gostam de fazer o contraponto com preto, branco, nude. Tons pastéis remetem ao universo infantil, não curto muito, a não ser em rápidas pinceladas, como um detalhe, ou  talvez num acessório. Mas na Europa é febre, depois que a Prada lançou sua coleção adocicada. Essa tendência vou deixar pras fashionetes, não me sinto confortável vestida como um sorvetinho...
Cauã Raymond foi a surpresinha no desfile masculino do Alexandre Herchcovitch
Em compensação, no desfile masculino, Alexandre acertou em cheio na coleção com pegada militar inspirada na II Guerra Mundial. E o melhor: com Cauã Raymond encerrando a apresentação (que não tinha divulgado nenhuma celebridade ) assim tipo surpresa mesmo.
Sorte nossa.

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